Há muito que não te escrevo
E há muito que não te sonho...
Lembro-me vagamente
Da maneira como a tinta
escorria da minha mente,
agora seca e de bico áspero.
Há muito que não te sinto
E há muito que não te tento...
Antes a toda a hora
Agora a espera feita em demora,
Dias, fiquem onde sempre
Vos veja eternamente
Na estante do meu quarto,
Amor, guarda-me um cantinho
No teu livro pergaminho,
Para me leres ao deitar.
Traz-me poemas imensos,
De textos extensos,
Onde eu possa encadernar
A minha luz interior,
Que no teu escuro tem a cor
De poesia no luar.
by Ruben Teixeira
"Obrigado a tudo o que inspira"